Boas Carreiro,
Parabens pela iniciativa. Esta malta so quer mesmo e dar tiros. Tb eu! Vim aqui dizer e perguntar a quem de direito o seguinte:
Este ano poderemos dar uns tirinhos nas Perdizes Cinzentas ?
Mesmo que me respondam que sim, eu não fico contente ! Sabes porquê ? Porque não as há!!!! A não ser na Cha da Macela.
Francamente tanto dinheiro e nada ! Merecemos melhor ou temos o que merecemos !?
ASS: O Caçarreta
Nesta pastagem electrónica, todos os Amigos de Santo Huberto, e fieis a DIANA, naturais amantes da Cinegética, poderão escrever de Salto, e enquanto aguardam pela Abertura da Caça, vão aqui deixar as suas memórias, as suas preocupações e as melhores soluções para a preservação deste nosso "Vicio" - A Caça. Saudações Cinegéticas. Pedro J Oliveira Carreiro
sexta-feira, 6 de julho de 2007
quarta-feira, 4 de julho de 2007
A Galinhola Scolopax rusticola
A Galinhola é uma limícola da mesma família das narcejas, ave com a qual apresenta, aliás, muitas semelhanças morfológicas. Porém, tem uma envergadura que a aproxima mais da perdiz. A sua plumagem, em tons castanho-arruivado, serve-lhe de camuflgem perfeita nos locais que frequenta. Possui um bico forte e comprido, com cerca de 7cm, uma cauda curta e as suas asas são compridas e arredondadas.
Onde vive?
É uma ave típica dos bosques, podendo frequentar um grande número de habitats, desde que associados a matas densas com subbosque húmido e algumas clareiras. Entre nós frequenta preferencialmente áreas de pinhal, eucaliptais, carvalhais, montados; e estevais, giestais e urzais densos.
Onde observar a Galinhola?
De um modo geral é relativamente comum - sobretudo a norte do rio Tejo -, um pouco por todo o lado, desde que encontre habitat favorável. As serras mais arborizadas de Trás-os-Montes, os pinhais da região centro, algumas zonas de montado do Ribatejo, as serras de Grândola e Portel, e as serras do Algarve são alguns dos locais no Continente onde a espécie ocorre em maior número. Dito assim, parece fácil. Mas não é. A Galinhola, embora relativamente comum, devido aos seus hábitos é das espécies mais difíceis de observar. Com efeito, trata-se de uma ave com hábitos solitários, que durante o dia se esconde no interior das matas, saindo ao anoitecer para se alimentar. Depois, só levanta com o observador muito próximo. Dada a natureza dos locais que frequenta(matos densos, silvados, etc.) compreende-se que não seja muito fácil para quem queira encontrar esta ave.
Assim, os melhores sítios onde observar a espécie são, sem dúvida, os locais de reprodução. E temos disso no nosso país? Temos – as regiões autónomas da Madeira e dos Açores: em várias ilhas, mas sobretudo no Pico, Flores, Terceira, Faial e S. Jorge. A melhor altura e locais para o fazer: durante a época de nidificação, nas zonas de altitude, ao entardecer, quando os machos em parada nupcial, percorrem vastas áreas em voos de exibição e defesa do território.
O que come?
Alimenta-se sobretudo ao entardecer e durante a noite - tanto nos bosques como em pastagens e campos vizinhos - de minhocas, capturadas após prospecção do solo com o seu longo bico, táctil, que funciona como uma pinça. Insectos e as suas larvas, algumas sementes e matéria vegetal completam a sua dieta, que pode sofrer algumas variações, consoante a disponibilidade de alimento da região e as diferentes épocas do ano.
Quando podem ser observadas?
No Continente de Outubro a Março; na ilha da Madeira e no Arquipélago dos Açores, onde é sobretudo residente, durante todo o ano embora de Fevereiro até final de Julho, época em que os machos estão mais activos e se exibem, seja a melhor época para a sua observação.
Ameaças?
As principais ameaças devem-se, primeiro: à destruição do seu habitat nos locais de reprodução, que são sobretudo convertidos em pastagens e à invasão de vegetação exótica. Depois, uma pressão cinegética excessiva e um calendário venatório muito longo, em ecossistemas frágeis como são as ilhas, podem também constituir uma séria ameaça à espécie.
Estatuto de conservação?
No Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal, a espécie está classificada como Vulnerável na ilha da Madeira e Informação Insuficiente no Arquipélago dos Açores. A nível Europeu surge com a categoria SPEC 3, tendo as populações europeias em geral registado um ligeiro declíneo nos últimos anos.
Sabia que?
Os olhos da Galinhola, desmesurados e colocados no alto do crâneo - dando-lhe um aspecto algo bizarro e sobrenatural - conferem-lhe uma visão periférica de 360º, muito útil não só para a sua defesa(permitindo-lhe ver toda a área que a rodeia sem mover a cabeça, evitando assim denuciar-se a possíveis predadores), como ainda para o seu voo cheio de obstáculos, entre a vegetação alta e densa onde evolui, permitindo-lhe que evite com precisão todo o género de acidentes e obstáculos.
Estatísticas básicas:
Comprimento/Envergadura: 33-38cm; 55-65cm
Peso: 300-400g
Postura: 4 ovos
Incubação: 20-23 diasCrescimento: nidífugas; primeiros voos aos 15-20 dias; emancipam-se às 5-6 semanas
Onde vive?
É uma ave típica dos bosques, podendo frequentar um grande número de habitats, desde que associados a matas densas com subbosque húmido e algumas clareiras. Entre nós frequenta preferencialmente áreas de pinhal, eucaliptais, carvalhais, montados; e estevais, giestais e urzais densos.
Onde observar a Galinhola?
De um modo geral é relativamente comum - sobretudo a norte do rio Tejo -, um pouco por todo o lado, desde que encontre habitat favorável. As serras mais arborizadas de Trás-os-Montes, os pinhais da região centro, algumas zonas de montado do Ribatejo, as serras de Grândola e Portel, e as serras do Algarve são alguns dos locais no Continente onde a espécie ocorre em maior número. Dito assim, parece fácil. Mas não é. A Galinhola, embora relativamente comum, devido aos seus hábitos é das espécies mais difíceis de observar. Com efeito, trata-se de uma ave com hábitos solitários, que durante o dia se esconde no interior das matas, saindo ao anoitecer para se alimentar. Depois, só levanta com o observador muito próximo. Dada a natureza dos locais que frequenta(matos densos, silvados, etc.) compreende-se que não seja muito fácil para quem queira encontrar esta ave.
Assim, os melhores sítios onde observar a espécie são, sem dúvida, os locais de reprodução. E temos disso no nosso país? Temos – as regiões autónomas da Madeira e dos Açores: em várias ilhas, mas sobretudo no Pico, Flores, Terceira, Faial e S. Jorge. A melhor altura e locais para o fazer: durante a época de nidificação, nas zonas de altitude, ao entardecer, quando os machos em parada nupcial, percorrem vastas áreas em voos de exibição e defesa do território.
O que come?
Alimenta-se sobretudo ao entardecer e durante a noite - tanto nos bosques como em pastagens e campos vizinhos - de minhocas, capturadas após prospecção do solo com o seu longo bico, táctil, que funciona como uma pinça. Insectos e as suas larvas, algumas sementes e matéria vegetal completam a sua dieta, que pode sofrer algumas variações, consoante a disponibilidade de alimento da região e as diferentes épocas do ano.
Quando podem ser observadas?
No Continente de Outubro a Março; na ilha da Madeira e no Arquipélago dos Açores, onde é sobretudo residente, durante todo o ano embora de Fevereiro até final de Julho, época em que os machos estão mais activos e se exibem, seja a melhor época para a sua observação.
Ameaças?
As principais ameaças devem-se, primeiro: à destruição do seu habitat nos locais de reprodução, que são sobretudo convertidos em pastagens e à invasão de vegetação exótica. Depois, uma pressão cinegética excessiva e um calendário venatório muito longo, em ecossistemas frágeis como são as ilhas, podem também constituir uma séria ameaça à espécie.
Estatuto de conservação?
No Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal, a espécie está classificada como Vulnerável na ilha da Madeira e Informação Insuficiente no Arquipélago dos Açores. A nível Europeu surge com a categoria SPEC 3, tendo as populações europeias em geral registado um ligeiro declíneo nos últimos anos.
Sabia que?
Os olhos da Galinhola, desmesurados e colocados no alto do crâneo - dando-lhe um aspecto algo bizarro e sobrenatural - conferem-lhe uma visão periférica de 360º, muito útil não só para a sua defesa(permitindo-lhe ver toda a área que a rodeia sem mover a cabeça, evitando assim denuciar-se a possíveis predadores), como ainda para o seu voo cheio de obstáculos, entre a vegetação alta e densa onde evolui, permitindo-lhe que evite com precisão todo o género de acidentes e obstáculos.
Estatísticas básicas:
Comprimento/Envergadura: 33-38cm; 55-65cm
Peso: 300-400g
Postura: 4 ovos
Incubação: 20-23 diasCrescimento: nidífugas; primeiros voos aos 15-20 dias; emancipam-se às 5-6 semanas
Parabens Grande Carreiro
Boas,
Eh pá, era mesmo isto que a malta precisava. até que enfim, um sitio onde posso publicar os meus poucos conhecimentos cinegéticos.
Vou voltar com noticias mais sérias.
G. Furtado
Eh pá, era mesmo isto que a malta precisava. até que enfim, um sitio onde posso publicar os meus poucos conhecimentos cinegéticos.
Vou voltar com noticias mais sérias.
G. Furtado
domingo, 1 de julho de 2007
Caça de espera ás Galinholas !
Há alguns anos atráz este era o cenário possivel para um caçador de espera ás Galinholas, nos meses de Março e Abril, aquando do inicio da parada nupcial das Galinholas. Felizmente este tipo de caça, ja não é permitido, embora ainda seja praticado por uns poucos aficionados. Coisa de outros tempos !
Narceja Gallinago gallinago
Com um tamanho aproximado ao do Melro, embora com um comprimento de bico e patas muito superiores. A época de reprodução estende-se de Março a final de Julho, período durante o qual é possível observar os machos em inesquecíveis e sonoros voos de exibição. O ninho, pouco elaborado e muito bem dissimulado na vegetação, quase ao nível do solo, é contruído pela fêmea; a postura é de cerca de 4 ovos que são incubados pela fêmea durante 18-22 dias; as crias são nidífugas e ao fim da primeira semana de vida estão em condições de se alimentarem sozinhas; com três semanas já voam e às seis semanas emancipam-se em definitivo dos progenitores.
Onde vive nos Açores?
A Narceja pode ser encontrada, no Outono e no Inverno, em todo o arquipélago em lagoas, pastagens alagadas e pastagens de turfeira. A espécie evita de um modo geral zonas em que o nível de água seja superior a 7 cm de altura. Embora possa ocorrer com frequência em locais de vegetação alta e densa, parece importante, no entanto, que estes locais apresentem áreas abertas e boa visibilidade de modo a que as aves possam ver a aproximação de possíveis predadores.
Onde observar a Narceja nos Açores?
Nos Açores em todo o género de zonas húmidas, mas com elevada probabilidade nas zonas de pastagens turfosas, sobretudo em São Jorge, Pico, Corvo, Flores e Terceira. Durante todo o ano com excepção de Santa Maria e Graciosa onde a espécie não nidifica.
Em São Miguel, de Setembro a Abril, o local onde ocorre em maior número é na Achada das Furnas. Durante a época de reprodução no Planalto dos Graminhais.
O que come?
O regime alimentar da Narceja é muito variado e é adaptável em função dos recursos disponíveis. As suas necessidades diárias são enormes e correspondem mais ou menos à sua massa corporal que é, lembrê-mo-lo, de 100/120g!
O «menú» é composto essencialmente de presas animais que procura no solo amolecido e lamacento entre despojos vegetais, sob uma «capa» de água com poucos centímetros de profundidade. Entre eles: minhocas, larvas de insectos, assim como molúsculos e crustáceos.
Ameaças?
As principais ameaças devem-se sobretudo à redução – e extinção em algumas regiões – das zonas húmidas onde a espécie ocorre, não só durante o Outono e Inverno como durante o período reprodutor onde os locais de nidificação têm vindo a sofrer nos últimos decénios uma crescente drenagem(as pastagens turfosas de altitude têm vindo a desaparecer na Região Autónoma dos Açores, substituídas por pastagens intensivas e plantações florestais).
A actividade cinegética se não for devidamente regulamentada, pode também constituir um grave factor de ameaça em casos muito específicos(caça excessiva nos locais de reprodução, saturnismo, etc.).
Estatuto de conservação?
Embora se tenha assistido em anos recentes a um ligeiro declíneo: SPEC 3(Em Declíneo), a nível europeu a Narceja não é uma espécie ameaçada.
Sabia que?
O denominado «canto» da Narceja – o célebre «balido» caprino –, emitido apenas durante a época de reprodução, não é um som de natureza gutural. Com efeito, este som tão característico – que assombrou gerações e deu origem a inúmeras lendas e crenças no mundo rural do Velho Continente – é produzido com as rectrizes externas que, abertas com as aves voando a grande altitude e, «deixando-se cair» em sucessivas «montanhas russas», em vibração com o ar, provocam este ruído. Aliás, alguns dos nomes populares porque a Narceja é conhecida em Trás-os-Montes: cabra-velha, cabra-do-monte, cabra-berradeira, bode, berra, etc. são bem ilustrativos.
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