quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Salvamos as Narcejas dos Graminhais !!

REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES

Presidência do Governo

Decreto Regulamentar Regional n.º 19/2008/A

Cria a reserva integral de caça designada «Planalto dos Graminhais», na ilha de São Miguel
Considerando a necessidade de se promover uma diversidade cinegética e de se assegurar o aumento dos recursos disponíveis para o exercício da caça;

Considerando que para esse objectivo ser alcançado se impõe o estabelecimento de áreas de protecção para algumas espécies onde a caça não seja exercida;

Tendo em conta que a ilha de São Miguel possui uma zona com um habitat favorável ao desenvolvimento, criação e reprodução da narceja, estando, contudo, sujeita à pressão de caça:

Assim:

Nos termos da alínea d) do n.º 1 do artigo 227.º da Constituição e da alínea o) do artigo 60.º do Estatuto Político-Administrativo da Região Autónoma dos Açores, em execução do disposto no n.º 5 do artigo 28.º do Decreto, o Governo Regional decreta o seguinte:

Artigo 1.º

Objecto

É criada uma reserva integral de caça na ilha de São Miguel, na qual ficam proibidas a caça de qualquer espécie e todas as actividades que, de alguma forma, perturbem o habitat das espécies a proteger.

Artigo 2.º

Delimitação

A reserva integral de caça criada nos termos do artigo anterior, conhecida por «Planalto dos Graminhais», possui uma área de cerca de 159,40 ha, localiza -se na área das freguesias de Santana e Algarvia, ambas no concelho de Nordeste, sendo delimitada a norte com o núcleo da Serra da Tronqueira e o caminho do Espigão do Porco, a sul com o caminho da Serra (limite de concelho), a este com o núcleo florestal do Planalto dos Graminhais e a oeste com a ribeira dos Caldeirões, conforme carta publicada em anexo a este diploma, do qual faz parte integrante.

Artigo 3.º

Entrada em vigor

O presente diploma entra em vigor no dia imediato ao da sua publicação.

Aprovado em Conselho do Governo Regional, em Ponta Delgada, em 12 de Setembro de 2008.

O Presidente do Governo Regional, Carlos Manuel Martins do Vale César.
Assinado em Angra do Heroísmo em 1 de Outubro de 2008.
Publique -se.
O Representante da República para a Região Autónoma dos Açores,
José António Mesquita.

domingo, 21 de setembro de 2008

Caçadas nos Açores : O Coelho Bravo


O Coelho Bravo, trazido há 500 anos pelos primeiros povoadores destas ilhas atlânticas, depressa se adaptou ao clima e paisagem das mesmas, proliferando com relativa abundância por todas elas. Amado por uns, odiado por outros, o Coelho Bravo tem conseguido graças á sua força e grande instinto de sobrevivência, manter a sua presença, apesar de ser fortemente atacado pela Virose Hemorrágica, com especial incidência naIlha de São Miguel. No entanto, suspeita-se que morrem muitos coelhos por“intoxicação” alimentar, proveniente de elevadas concentrações de Adubos e Salitres nas pastagens onde se alimentam.

Sendo a peça “basilar” da caça nos Açores, os seus reduzidos números, trazem restrições á sua caça, e aumento de pressão cinegética sobre as restantes (Codornizes,Galinholas, Narcejas e Pombas da Rocha). A sua época de caça, varia entre cada ilha, conforme a sua abundância. Assim, na Ilha de São Miguel, os Caçadores de Coelhos (Monteiros de caça menor), caçam desde o primeiro domingo de Outubro até ao último domingo de Dezembro, com um limite máximo diário de abate dc 2 peças por caçador e de 10 peças por grupo.

Caçando de batida, com recurso a uma matilha de Podengos (açorianos ?), no máximo de 12 cães, furando silvados, percorrendo matos rasteiros, ribeiras e grotas, os nossos heróis (os coelhos) são capazes de nos proporcionar excelentes dias de caça, repletos de emoção, adrenalina e paixão. Os cães, incentivados pelo matilheiro, que lhes grita frases típicas destas caçadas: pega “Farol”.... tira fora “Boneca”.... busca “Galiza”....procura “Benfica” ficou “Paquete” ajuda “Varina”..., fura “Espanhol”....pega “Dourado” .... olha ó coelho .... dão grande ânimo á matilha e aos caçadores, que colocados em zonas estratégicas, aguardam com atenção a saída dos coelhos. Saindo em grande velocidade, em zig zags desnorteantes, perseguidos pelos cães e súbitamente PUM PUM. E cobrado o primeiro coelho da época, que é recolhido pelo nosso cão de“trazer” o “Dourado”, de dente mole e mau feitio, traz-nos com muita perícia todo e qualquer coelho morto a tiro ou pegado pelos cães.

Pelo feitiço e mito que envolve a caça do coelho, são muitas as ocasiões que nosproporcionam histórias incríveis, como as que aqui passo a descrever:
- Certa vez caçava connosco, um amigo do continente, que ao ver a qualidade do nosso cão de trazer, logo ofereceu bom dinheiro pelo mesmo, ao que o meu pai, seu proprietário lhe respondeu: O amigo desculpe lá, mas mande lá o seu dinheiro buscar aquele coelho a ver se o traz. Se assim for temos negócio ! O coelho ainda lá está ...

- Um primo meu, vindo das Ilhas Bermudas, que estava em São Miguel a passar férias, foi connosco á caça. Após algumas horas de perseguição, um belo coelho, que tinha escapado aos tiros por várias vezes, tinha-se metido na toca. O meu pai tirou o furão (que agora está proibido) e meteu-o dentro da toca, em perseguição do coelho, e mandou o meu primo Andrew , de espingarda na mão, ficar perto da outra saída. Passados escassos minutos sentimos o coelho guinchar dentro da toca, deixando toda a gente alerta, e de repente ouvem-se dois tiros e alguém grita eufórico: Hei primo, o “rabitte da bell” (coelho da campaínha) já tá morto, consegui matá-lo. Mas o outro conseguiu fugir ! O meu pai sentou-se e chorou!

- Uma outra vez, caçava aos coelhos na Grota do Inferno, na Vila da Lagoa em São Miguel, quando vejo os cães a perseguirem um grande coelho, mas correndo no sentido contrário ao que eu estava. Então gritei bem alto “heiiiii “ a minha voz ecoou no outro lado dos montes assustando o coelho que de repente virou para traz, correndo na minha direcção, deixei-o aproximar-se dando-lhe um tiro certeiro entre as orelhas.

O almoço, é outro ponto alto de um dia de caça. Entre queijos típicos das ilhas,morcelas fritas com ananás, queijos frescos feitos com leite de cabra, e uma boa pinga de Vinho de Cheiro, contam-se as peripécias decorridas durante aquela manha de caça. Acertam-se negócios, vendem-se cães. Prometem-se cachorros, depositam-se esperanças.

A caça, faz parte da cultura de um povo, seja ele “Açoriano”, Português ou Espanhol, e deve ser preservada, acarinha e mantida, pelos orgãos do Governo. Aos Caçadores, apenas se pede que sejam agentes cumpridores das Leis da Caça e que ajudem a fomentá-la e preservá-la. Aos Governantes, apenas se pede que procedam á sua Fiscalização e Fomento, com rigor e isenção. A Santo Huberto, apenas se pede, que olhe por todos nós e que nos ilumine!

Caçadas nos Açores - A Perdiz Cinzenta






A existência da Perdiz Cinzenta (Perdix perdix) na Ilha de São Miguel, é hoje uma realidade. Assim, os resultados que se estão a obter com a sua introdução,farão com que a mesma seja alargada ás restantes Ilhas, nas quais existem neste momento, algumas Perdizes Vermelhas, como resultado de largadas efectuadas pelos Serviços Florestais. Tudo começou, quando se vinha a verificar que a Perdiz Vermelha, parecia não encontrar boas condições para que se pudesse adaptar, acasalar e reproduzir com sucesso, e que proporcionasse a formação de bandos em número suficiente para que a sua caça fosse uma realidade. Atendendo ás características especificas das ilhas açorianas, á pluviosidade regular, ao alto índice de humidade relativa do ar ao longo do ano, ao tipo de relevo e ocupação do solo e altitudes médias algo elevadas, parecem constituir o cenário perfeito para que no meio do Atlântico a existência da “Cinzenta” seja uma realidade. Assim, em 16 de Fevereiro de 2001, era inaugurado o Posto Cinegético da Chã da Macela, no concelho da Lagoa (S. Miguel), pelo Secretário Regional da Agricultura e Pescas, Dr Ricardo Rodrigues. Esta iniciativa desde cedo contou com o apoio dos caçadores dos Açores, pela mais valia que esta espécie vem dar ao nosso património cinegético, todavia recheado de caça menor de excelente qualidade e bravura, primando pela rusticidade da sua caça, caçadores e cães. Este Posto Cinegético, sem dúvida um dos melhores do país, engloba todas as infra-estruturas necessárias ao seu bom aproveitamento, como sejam os parques para alojamento de reprodutores, salas de incubação e eclosão, parques de cria e parques de voo, que no seu todo terão uma capacidade para acolher cerca de 120 (cento e vinte) casais reprodutores, com uma produção média dos 30 (trinta) ovos por casal, optimizando-se assim uma produção média anual que atingirá as 1.500 (mil e quinhentas) perdizes por ano para largada. De referir ainda que as Perdizes reprodutoras, são na sua totalidade importadas de França, dos melhores criadores desta espécie, e que, para além de serem acolhidas no parque cinegético para criação, são também largadas no campo em zonas previamente preparadas, como forma de assim se criarem bandos, que num futuro próximo serão alvo da mira das caçadeiras de alguns caçadores, bafejados pela sorte!

A Perdiz Cinzenta introduzida nos Açores, pertence na sua classificação á Espécie Perdix perdix, Género Perdix, Ordem das Gailiformes e Familia dasPhasianidae. No mundo inteiro existem três géneros e treze sub-expécies dePerdix. Esta Perdiz, existe um pouco por todos os países europeus. Desaparecida de Portugal continental, existe ainda em Espanha nos montes Cantábricos e nos Pirinéus, na França, com especial incidência no sul e na Itália. Existe ainda na Suécia, na Noruega, na Finlândia e nas Ilhas Britânicas. Para uma boa gestão desta espécie torna-se necessário ao “gestor” da mesma, conhecer bem os seus hábitos e diferenciação sexual, entres outros aspectos. Morfologicamente mais pequena que as demais, mede cerca de 32 cm, o perfil da cabeça do macho é diferente do da fêmea. No macho, o ângulo formado pelo perfil da testa e o rebordo superior do bico é mais fechado do que na fêmea (onde é mais aberto). A parte superior da cabeça do macho é castanha com finas raias amareladas, sendo mais escura na fêmea com manchas amarelo-claro em forma de pequenas “goticulas”. As penas da parte superior da cabeça são mais acinzentadas no macho e cinzento esbranquiçado a branco na fêmea. No peito destas aves, as penas de coloração castanho alaranjado, sobre o peito cinzento, formam uma “ferradura de cavalo” completa, que está sempre presente nos machos. Se a “ferradura” for de forma incompleta poderemos estar perante um macho jovem ou uma fêmea. As patas são dotadas de quatro dedos, sendo três deles dianteiros e um mais pequeno para traz que apoia o andamento da ave. De bico curvo e forte, de cor acastanhada nos jovens e azul chumbo nos adultos. No inicio da primavera, acasela, mantendo-se fiel á parçeira (ao contrário de outras espécies) ! O ninho é feito no chão, onde coloca entre 12 a 21 ovos, de cor alaranjados, lisos e com cerca de 37 mm. As jovens perdizes com uma semana pesam cerca de 15 gr, e ao atingirem as catorze semanas(estado adulto) pesam em média 350 gr (peso médio máximo) O seu canto, assemelha-se a um grito forte e agudo.

A Perdiz Cinzenta, amante das extensas planícies cerealíferas da Europa, cedo se adaptou ás fortes mudanças da agricultura industrial e massificada, que nos Açores não é diferente, devido, principalmente á “monocultura extensiva da vaca”, O que faz com que, as pastagens onde virá a nidificar, sejam objecto deceifa da erva, duas a três vezes no ano. Uma para produção de silagem , outra para produção de “fardos de erva seca” e por último para produção da feno-silagem. Pelo que se espera que esta Perdiz, consiga, á semelhança da sua“prima” Codorniz, sobreviver e criar novas gerações á sombra da erva verde(temporária) das pastagens, dos terrenos de batata e milho forrageiro, da escassa beterraba, alhos, cebolas e cenouras e outros verdes, que por aqui ainda existem. Alimenta-se nos primeiros dias de vida basicamente de insectos, que constituem uma excelente fonte de proteína para o seu rápido desenvolvimento. Numa fase mais avançada do crescimento, os vegetais, insectos, sementes e água fresca, fazem parte da sua dieta quotidiana. As bordaduras de vegetação natural espontânea, são na sua essência um excelente sitio para a nidificação, refúgio e alimentação dos jovens perdigotos, desde que estas zonas estejam livres de tratamentos químicos que eliminam as ervas daninhas e os insectos. Importa assim, fortalecer as populações de Perdiz cinzenta, com a introdução de mais indivíduos, que permitirão recompor os bandos, dando-lhes a estabilidade numérica necessária, como forma de assim, acasalarem, criarem e aumentarem os efectivos. Em acções deste tipo, onde se pretende introduzir umanova espécie com sucesso, e face aos custos envolvidos, devemos exercer uma acção forte nas seguintes áreas: Controlo de Predadores (incluindo a caça clandestina) ; Criação de Habitat adequado e Disponibilidade de alimento - sobpena de todo o nosso esforço humano e finançeiro , nunca chegar ao objectivo pretendido (para reflectir)! O habitat desta espécie deve ser o mais diversificado possível, sendo preferível aquele em que não há uma sobre-exploração da terra— que devia estar consagrada na reforma da PAC, ao invés do seu abandono total. As faixas de culturas de cereais e outras gramineas, em redor depastagens, matos e outros, são pequenos “oásis” para a Perdiz Cinzenta, num“deserto” de verdes prados, salpicados de bifes de vazia e queijos curados. Porora, as Perdizes que se encontram no Parque cinegético estão perfeitamente adaptadas, reproduzindo-se e desenvolvendo-se bem, nas várias etapas da sua vida. Todavia, das Perdizes já largadas, não há dados concretos acerca da sua situação, uma vez que segundo sabemos as mesmas não estão a ser monotorizadas, quer por via da sua ainda reduzida densidade quer também pela falta de recursos humanos a “full time” para este fim. Quem sabe se num futuro próximo, a Universidade dos Açores, através do Departamento de Biologia, possa dar a hipótese aos seus alunos finalistas de desenvolverem um trabalho de fim de curso, versando a temática da “Introdução da Perdiz Cinzenta na ilha de São Miguel “— aqui fica o desafio.


As comadrinhas e os furões, habitantes de longa data dos campos desta Ilha, não perderão a possibilidade de introduzir um novo prato de carne na sua dieta alimentar. Uma vez largadas na natureza, as jovens perdizes serão presas fáceis de qualquer um destes predadores oportunistas, que fazendo-se valer da sua astúcia muito facilmente poderão dizimar um bando inteiro . Os cães vadios eos gatos assilvestrados , no uso pleno das suas capacidades de caçadores que são, serão mais um factor a ter em conta na redução dos efectivos das espécies cinegéticas, principalmente das agora introduzidas, cujo quotidiano ainda não os contempla como uma séria ameaça á sua existência. No inicio do verão os efectivos destes animais abandonados no campo aumenta consideravelmente.Pois o gato ou o cão que durante o inverno aqueceu os pés ao dono, agora que este está de viagem para umas férias de sonho, apresenta-se como um grande estorvo que deve ser largado algures numa berma de estrada. Não sendo,obviamente, caçadores específicos da Perdiz Cinzenta, possuem no entanto,nariz suficiente, para lhes seguir o rasto e dar com elas na comida, na dormida ou no ninho. O Milhafre, espécie polémica, que cada vez mais abunda por todas as ilhas, certamente que deverá comer alguma coisa ! Ou almoça fora, nos restaurantes chiques, ou delicia-se com os petiscos de Pombas da Rocha, Perdizes ao almoço, Codornizes ao lanche e Coelhos ao jantar, que certamente farão as delicias deste excelente caçador alado que outrora quase em extinção agora parece estar em estado de sobre-população. O que parece no entanto, não preocupar as entidades competentes, com os efeitos negativos que estarão aprovocar nas populações das espécies animais, cinegéticas ou não, que servem de base á sua dieta alimentar. É frequente encontrar-mos grupos de 4 ou 6 milhafres, voando em círculos, varrendo o chão com a vista aguçada em buscado que quer que se mexa e pareça apetitoso. E que tal uma perdiz.

A actual Lei da Caça Regional para os Açores, que difere da Lei da Caça Nacional, não contempla a Perdiz Cinzenta, como sendo uma espécie cinegética regional, pelo que, a mesma não pode ser objecto de caça. Todavia, julgo que amesma já deveria estar ali incluída, sendo proibida a sua caça no Calendário Venatório, uma vez que esta Perdiz está a ser objecto de criação num posto cinegético ! A abertura da caça a esta espécie, deverá ser objecto de discussão,muito em breve. De facto, se ao fim de 4 anos de largadas de mais de 6.000perdizes, das mesmas não houver noticia, haverá que parar e analisar a situação.Ou a Perdiz Cinzenta não se adapta aos Açores, e deveremos procurar espécie alternativa, por exemplo o Faisão, ou adaptou-se perfeitamente e criou com sucesso e poderá então iniciar-se a sua exploração cinegética. Sem grandes estudos, discursos ou palestras, julgo que bastará aplicar de uma forma generalizada, as medidas de fomento que se aplicam á Codorniz, para que a existência de populações de Perdiz Cinzenta sejam uma realidade, e não uma miragem, no porta caças de um caçador de salto com cão de parar e arma de calibre ético (20) ! Não esquecendo, um dos pilares da boa gestão cinegética de sempre - a Fiscalização da caça durante todo o ano (a todas as espécies).
Flagrantes da Caça Real: Os habituais “Flagrantes da Caça Real”, ainda não existem, por razões obvias.No entanto há “relatos” de que um lavrador do Porto Formoso, terá capturado uma Perdiz Cinzenta, que diariamente lhe ia comer a ração das vacas dentro da casa de ordenha. A Perdiz, vendo-se encurralada, agachou-se, sendo agarrada pelo homem, que sorridente a levou para casa, colocando-a no seu galinheiro, entre perus, galos, galinhas e coelhos domésticos. Todavia, e dada a rara beleza de tão distinta ave, logo começaram os divórcios e cenas de ciúme entre galos, galinhas e perus, pois todos a queriam namoriscar. A sogra do lavrador, não contente com aquela algazarra diária, e pela consequente baixa de produção deovos, decidiu torcer o pescoço á “galinha da ferradura”. Se tão depressa o pensou mais depressa o fez, e á noite havia canja fresca na mesa e sossego no galinheiro !

sábado, 24 de maio de 2008

outros momentos









Momentos de St Hubert











Sr Michel Vassenet - nos Açores




Foi com grande entusiasmo que acolhi a noticia de que o Mr Michel Vassenet, estaria nos Açores a julgar as Provas de St Hubert. Pois foi ele o "maitre" do Dr J Piçarra e este o meu "mestre", pois muitas e muitas vezes lhe telefonei a chatear que o meu Nero (Gaviao do Rio Tejo), fazia isto e não fazia aquilo e ele (o Jorge), nunca se negou a dar-me lições á distancia ! Por isso lhe felicito e desejo-lhe o Tri-Campeonato em breve, pois isto de ser "Bi" não interessa a ninguem...



Muito obrigado ao M Vassenet e Esposa, tambem ela caçadora, por me deixarem acompanha-los no decorrer de algumas provas e de trocar algumas impressões sobre a caça em geral.


Parabens a Organização por tão louvavel iniciativa.


Estranhei a ausencia no terreno de Entidades Oficias da Camara da Lagoa e da DRRF...será que só foram ao almoço !!


Bem haja a todos e boas caçadas.

As Provas de Caça de St Hubert...


Decorreu recentemente em Sao Miguel mais uma Prova de Caça de St Hubert, que contou com a presença de 33 conjuntos de grande qualidade, com a presença do Bi-Campeão do Mundo Dr Jorge Piçarra entre outros caçadores do Pico, Terçeira, Graciosa Algarve e Sao Miguel.


O Sr Ministro da Republica para os Açores, tambem ele Ilustre Caçador, foi um observador atento das Provas.


A todos bem hajam, e Muitos Parabens ao Vencedor.

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Livro "Cuisiner Les Becassines"


Caros Confrades Gastrónomos,


O CICB, vai editar mais um livro dedicado á delicada confecção das nossas queridas Narcejas, intitulado: Cuisiner Les Becassines, da autoria de Patrice Fevrier pelas editions Gerfaut que sairá em Abril/2008.


Para reserva e aquisição do mesmo deverão encomendar pelo site do "Club International des Chasseurs des Becassines".


Boas digestões !

segunda-feira, 3 de março de 2008

Apresentação de Resultados: Gestão de Espécies Cinegéticas nos açores



No próximo dia 7 de Março (sexta-feira), pelas 21h00, irá decorrer no Auditório do Laboratório Regional de Engenharia Civil (em São Gonçalo), uma apresentação publica da responsabilidade da DRRF e CIBIO, sobre o trabalho que tem sido desenvolvido, apresentando resultados sobre o Coelho, a Codorniz, a Perdiz-Cinzenta a Galinhola e a Narceja.

Está convocado e leve um amigo.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

O adeus ás "Damas de Olhos de Veludo" do Pico





Com o Decreto Legislativo Regional n.º 15/2007/A, de 25 de Junho, foi consagrada a anunciada reforma do regime jurídico de classificação, gestão e administração da Rede Regional de Áreas Protegidas da Região Autónoma dos Açores.
Estabelecido o novo regime jurídico da Rede Regional de Áreas Protegidas da Região Autónoma dos Açores, prepara-se a criação do Parque Natural de Ilha do Pico, o qual integra todas as categorias de áreas protegidas da Ilha do Pico.
A criação do Parque Natural vem criar um sem número de condicionantes e proibições, tais como:
- O exercício da actividade cinegética;
- A introdução de plantas e animais exóticos;
- A realização de quaisquer movimentos de terras ou alterações ao relevo e ao coberto vegetal;
- A prática de campismo fora dos locais para esse fim expressamente indicados;
- O depósito ou abandono de qualquer tipo de resíduos fora dos locais autorizados;
- A realização de quaisquer actividades que perturbem o equilíbrio natural.
Estão no entanto sujeitas a «parecer prévio» um sem número de actividades que, desconfiamos, se vão escudar em subterfúgios de diversa ordem para, na prática, anular quase todas estas medidas. Curiosamente, a actividade cinegética, não está na lista dessas actividades. Parece que, uma vez mais, vão ser os caçadores os únicos a sofrer «em nome da conservação» e, como é hábito, os únicos a cumprir a lei.
Com efeito, para quem já caçou às galinholas e narcejas no Pico (uma experiência indizível!), locais como a Lagoa do Capitão, a Montanha do Pico, os Mistérios, o Caveiro, ou a Lagoa do Caiado vão passar a figurar apenas na lista das memórias.

domingo, 3 de fevereiro de 2008

scolopax rusticola



O desejo de qualquer Caçador, é o de conseguir este belo troféu ! Ou não será ?!

Por um Mundo Perfeito.


Caça ao Rubro nos Açores !!!

Carlos Pereira, reconhecido Caçador e Ornitologo português, grande Caçador de Narcejas e Especilista desta espécie, em declaraçoes ao Jornal "Correio dos Açores" na sua edição de domingo passado, vem a publico com o intuito de trazer a verdade aos caçadores açoreanos, explicar letra por letra o porquê do seu afastamento ao fim de 1 ano, da Equipa do CIBIO, no projecto da monitorização da Cinegética nesta Ilha, de um projecto que duraria 3 anos. Não perca a noticia na integra.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Galinhola anilhada em Sao Miguel foi caçada na França !?


No decorrer do trabalho de campo a cargo do CIBIO, foram capturadas em Sao Miguel, até ao momento, 14 aves (8 adultas e 6 jovens) para marcação através de anilhagem. Destas Galinholas, uma foi recuperada (caçada) na França na epoca de 2005. Trata-se de um feito extraordinario, e que prova (!) que existe migração de invernada nos Açores também para esta espécie. De referir que a caça á Galinhola esta interdita em Sao Miguel há mais de 25 anos. Desta forma se espera que os seus efectivos tenham recuperado o suficiente para que numa próxima época já se possa reabrir a sua caça. Há entre os seus aficcionados quem subscreva desde já a sua reabertura, porquanto a especificidade da sua caça não traria grandes reduções aos seus efectivos, atendendo a necessidade de se possuir cães de grande nivel e boa preparação do caçador.


Desde já proponho que o seu periodo venatório:


é permitida a caça á Galinhola, do primeiro ao ultimo domingo de Novembro, das 09h00 as 12h00, com o limite de uma peça por dia e por caçador .


(como e bom sonhar!!!)

domingo, 27 de janeiro de 2008

Carta de M Devort a P Carreiro - Narceja de Wilson

Caros Caçadores,



Nesta carta o especialista françês Dr M Devort, analisou algumas amostras de Narcejas caçadas na Ilha de São Miguel em 1999, tendo concluido pela existencia da Narceja de Wilson ( g Delicata) como migratória nesta região, vinda da América do Norte.



Desde então, temos vindo a acompanhar a sua presença durante a época de caça, verificando-se uma presença sempre das duas espécies a europeia e a americana (Gallinago gallinago e Gallinago delicata.



Ultimamente o especialista português C Pereira, tem vindo a analisar as amostras e a efectuar o seu registo que será publicado em breve neste portal.



Até lá...boas caçadas !

Contribuidores

Lista das Espécies Cinegéticas dos Açores

  • A Codorniz
  • A Galinhola
  • A Narceja
  • A Perdiz Vermelha
  • O Coelho Bravo
  • O Pombo da Rocha
  • Os Patos

Podengo Português

Podengo Português
Homenagem ao melhor caçador de coelhos de sempre.